Adoro a Tapada de Mafra! O primeiro contato que tive com este espaço foi ainda em criança, lembro-me de visitar a Tapada quando estava na colónia de férias da EDP! Adorava alimentar os javalis com os restos do melão, aliás acho que comia fruta só para ter restos para dar ao animais. Agora nada disso é possível, e depois de tirar biologia compreendo perfeitamente. Embora seja algo que nunca esquecerei e talvez tenha impulsionado a minha paixão por animais. Entretanto a Tapada mudou imenso e possui mais atividades para os participantes, e adoro em especial a possibilidade de caminhar pela Tapada. É talvez o que fazia falta para alguém que gosta de fotografar e observar os animais.
DETALHES
Ponto de Partida: Portão de Entrada da Tapada de Mafra
Distância a Percorrer: Cerca de 6 km
Altura do ano: Inverno e primavera
Melhor hora do dia: Abertura dos Portões
Material Recomendado: Máquina + teleobjetiva acima dos 400mm
Extras: Evitar fins-de-semana
COMO CHEGAR
O Portão Principal é o único por onde é possível aceder à Tapada de Mafra, deve consultar os horários para saber a que horas poderá iniciar a sua visita. Todas as informações devem ser consultadas e verificadas no site da Tapada em www.tapadademafra.pt. De forma a facilitar a sua deslocação pode colocar no GPS as seguintes coordenadas: 38°57'52.7" N 9°18'09.9" O ou 38.964639, -9.302754, ou seguir o link para o google maps.
PERCURSO RECOMENDADO
Caminhar! Existem três percursos possíveis mas para mim o melhor é o percurso azul, o mais pequeno e que passa pelas zonas mais baixas e sem grandes declives. A ideia é irmos fotografar e não caminhar longas distâncias. E se encontrar-mos um animal podermos ficar algum tempo a fotografá-lo. O percurso começa nas traseiras do edifício principal, seguindo ao longo da ribeira. Embora os pontos mais interessantes seja depois de passar a última ponte e no regresso para o estacionamento. Essa parte final do percurso é onde encontramos sempre mais animais.
A MINHA EXPERIÊNCIA
Os animais estão habituados à presença de visitantes, e alguns chegam a vir ter connosco à procura de comida. No entanto, é fundamental não alimentá-los! Existe alimento suficiente na Tapada para eles, e não precisam de alimentos não naturais o que pode trazer-lhes alguns problemas de saúde. Para os conseguirmos fotografar devemos ter alguma paciência, caminhar devagar e sem fazer muito barulho, estando atentos a tudo. Eles por vezes estão escondidos por entre a vegetação, e por isso, caminhar devagar dá-nos tempo para os descobrir. Os barulhos estranho também acabam por os assustar e afugentar, queremos fotografá-los a ter comportamentos naturais e não a fugir de nós. E aqui entra outro factor importante, não devem sair dos caminhos! Os animais estão habituados a que os visitantes fiquem naquele espaço que é o caminho de terra batida, assim que alguém sai dele e começa a persegui-los eles vão fugir para outros locais. É por isso fundamental manter-se sempre nos caminhos indicados.
GAMO
O gamo (Dama dama) é mais pequeno que o veado-vermelho, e os machos apresentam umas hastes muito bonitas que ficam muito bem nas fotografias. É talvez o mais fácil de fotografar na Tapada, eles andam um pouco por todo o lado e deixam-se aproximar bastante. Por isso, se vir um perto da estrada basta caminhar devagar e deverá conseguir umas belas fotografias.
VEADO-VERMELHO
O veado-vermelho (Cervus elaphus) é o maior dos cervídeos que podemos fotografar na Tapada de Mafra. Mas não são os mais fáceis de encontrar, preferem andar em pequenos grupos e raramente se deixam aproximar. Na minha última visita tive a felicidade de fotografar duas fêmeas que andavam à beira da estrada a apanhar bolotas, estavam tão perto que tive de as fotografar com a Sony 90mm macro! E mesmo assim tive de ser eu a afastar-me. O truque neste caso foi juntar-me a eles na buscar por bolotas, e depois colocá-las no meio da estrada onde eles as foram comer, enquanto eu os fotografava. Depois de meia dúzia de bolotas seguiram o seu trajeto inicial na procura por mais bolotas e eu segui o meu.
JAVALI
Quando vemos um javali (Sus scrofa) a vir na nossa direção ficamos apreensivos e pensamos, devo fugir ou ficar quieto e continuar a fotografar? Sabendo que estou dentro da Tapada acabo por ficar calmo a tirar-lhes fotografia, noutro local teria de pensar duas vezes. Mas eles são simpático e deixam-se ficar por ali à procura de alimento, por momentos um ou outro acabam por começar a correr e a fugir. Mas logo regressam ao mesmo local, é uma questão de termos paciência.
Espero que tenham desfrutado deste pequeno guia de 3 espécies que podem fotografar na vossa visita à Tapada de Mafra. Evitem ir ao fim-de-semana para não apanharem a Tapada cheia de visitantes, e fotografar os animais com calma. Visitem este local e partilhem as fotografias.
QUEREM APRENDER MAIS SOBRE FOTOGRAFIA?
Quando estamos a fotografar é fácil perder a noção do que devemos ou não devemos concentrar, sejam as espécies mais comuns ou as mais raras, seja tentar fotografar de dia ou de noite. Criei alguns artigos para mostrar o que podem procurar em certos locais para fotografar.
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VEJAM AINDA OS MEUS VÍDEOS NO YOUTUBE
Criei vários vídeos sobre fotografia de vida selvagem onde explico como fotografar diversas espécies e ainda algumas das melhores técnicas fotográficas. Desde fotografar aves costeiras a fotografar o bonito guarda-rios, é uma pequena playlist que espero que desfrutem e deixem um like nos vídeos.
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