Diogo Oliveira
Artigo: Grifo, Aves de Portugal
O grifo (Gyps fulvus) é uma necrófaga de grande porte, mais pequena que o abutre-preto (Aegypius monachus). Alimenta-se de carcaças de mamíferos de médio ou grande porte (mortos), preferindo os músculos e as vísceras. Estes podem ser selvagens (veado, gamo, javali) ou domésticos (vacas, cabras, ovelhas, porcos). Procura alimento em zonas abertas com poucas árvores onde consegue aterrar e levantar em segurança. Prefere planícies, montanhas ou planaltos montanhosos e evita zonas florestadas ou com densa vegetação, tal como zonas húmidas.

Na região da ZPE Moura-Mourão-Barrancos é comum observar colunas de grifos a rodopiar, apanhando as correntes ascendentes de ar quente que se formam pela manhã. Raramente batem as asas, preferindo planar longas distâncias sem consumir energia necessária ao voo normal. Dormem em grupo em escarpas ou em afloramentos rochosos montanhosos. Por vezes, estes locais correspondem aos locais de nidificação ou perto dos locais de alimentação. Levanta voo com o aumento da temperatura que cria as necessárias correntes ascendentes, propícias para planar.

O uso ilegal de venenos para controlar populações de predadores permanece uma prática corrente e silenciosa que afeta todos os anos centenas de animais domésticos e selvagens, muitos destes últimos com elevado estatuto de conservação.
Apesar dos efeitos nefastos sobre o homem e a natureza, o uso de venenos como método de controlo das populações de predadores foi durante muitos séculos uma prática legal. Hoje em dia este método é considerado ilegal, devido à sua não seletividade, às consequências imprevisíveis que tem e à existência de alternativas.

O cão, a raposa, o abutre preto, a águia imperial ibérica, o milhafre real ou o lince ibérico, são apenas alguns dos animais particularmente sensíveis ao uso de venenos.
Para mais fotografias consultar a galeria desta espécie no link: GALERIA GRIFOS.
